Artes visuais. De variedade estilística e virtuosismo técnico extraordinários, a arte visual islâmica é decorativa, colorida e, no caso da religiosa, não figurativa. A decoração islâmica característica é conhecida como arabesco, um ornato que emprega desenhos de flores, folhagens ou frutos -- às vezes, animais, esboços de figuras ou padrões geométricos -- para produzir um desenho de retas ou curvas entrelaçadas. Esse ornamento é empregado tanto na arquitetura quanto na decoração de objetos.
A cerâmica, o vidro, os tecidos, a ilustração de manuscritos e o artesanato em metal ou madeira têm sido de importância fundamental na cultura islâmica.
Afrescos decoravam paredes de palácios ou de edifícios públicos e representavam cenas de caça e da vida cotidiana da corte. Seu estilo era semelhante ao da pintura helênica, embora, segundo o lugar, sofresse uma grande influência indiana, bizantina e inclusive chinesa.
Estreitamente ligada à pintura, encontra-se a arte dos mosaicistas. Ela foi herdada de Bizâncio e da Pérsia antiga, tornando-se uma das disciplinas mais importantes na decoração de mesquitas e palácios, junto com a cerâmica. No início, as representações eram completamente figurativas, semelhantes às antigas, mas paulatinamente foram se abstraindo, até se transformarem em folhas e flores misturadas com letras desenhadas artisticamente, o que é conhecido como arabesco.

Tapeçaria. Os tapetes e tecidos desde sempre tiveram um papel muito importante na cultura e na religião islâmicas. Para começar, como povo nômade, esses eram os únicos materiais utilizados para decorar o interior das tendas. À medida que foram se tornando sedentários, as sedas, brocados e tapetes passaram a decorar palácios e castelos, além de cumprir uma função fundamental nas mesquitas, já que o muçulmano, ao rezar, não deve ficar em contato com a terra. Entre os desenhos mais clássicos estão os de utensílios, de motivos florais, de caça, com animais e plantas, e os geométricos, de decoração.
Dança e teatro. Prejudicados pela questão teológica da representação humana e do perigo da idolatria, a dança e o teatro não tiveram, no mundo islâmico, a mesma expressão que os outros gêneros de arte. Houve, no entanto, uma forte tradição de dança folclórica na maioria dos países muçulmanos. A dança também se manifestou como espetáculo de entretenimento e, principalmente na Pérsia, como forma de arte.
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